sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Livro pesquisa a relação entre políticas públicas e sexualidade adolescente


No próximo 3 de outubro, quinta-feira, às 18h30, a Livraria Minibook Store, no Museu da República, é palco do lançamento de “Sexualidade adolescente como direito? A visão de formuladores de políticas públicas”, de Vanessa Leite.  O livro, publicado pela EdUERJ em parceria com o Centro Latino-americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM /UERJ), revela que, constantemente, profissionais que deveriam garantir os direitos de crianças e adolescentes, enfocam a sexualidade adolescente como um tabu, associando-a a valores negativos.

Resultado de pesquisa realizada para dissertação de mestrado em saúde coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Uerj(IMS), o estudo, tem como referência as novas concepções trazidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, cuja promulgação intentou modificar o panorama social, conferindo, a adolescentes, a possibilidade de direitos e autonomia. A grande mudança do estatuto, para Vanessa, é reconhecer que crianças e adolescentes “têm interesses próprios, que podem ser conflitantes com os de seus familiares ou responsáveis”. Mas como isto estaria funcionando na prática?


Em busca desta resposta, a autora entrevistou conselheiros municipais, estaduais e nacionais dos direitos da criança e do adolescente, escolhidos justamente pelo papel que desempenham na formulação e execução das políticas públicas. Esta etapa da pesquisa delineou-se mais complicada do que ela imaginava: alguns conselheiros não se sentiram à vontade para falar, outros acreditavam que o assunto era secundário.


Entre as justificativas para isto, houve conselheiro que argumentou que os demais direitos do adolescente “seriam prioritários” em detrimento à questão da sexualidade. Em determinados casos, Vanessa também percebeu um componente ideológico atrelado a paradigmas religiosos. Isto seria reforçado pela forte presença de representantes de instituições religiosas nos Conselhos de Crianças e Adolescentes.

Neste processo muitas vezes sexualidade e adolescência tornaram-se termos a ser evitados na mesma frase. O sexo abordado pela perspectiva de risco e raramente sob o prisma dos direitos, levou Vanessa a um questionamento: “por que não falar de prazer, escolha, desejo e autonomia?”
Em sua pesquisa, Vanessa buscou discutir a possibilidade de construção de uma agenda positiva em relação aos direitos sexuais dos adolescentes.  E chegou à percepção de que ainda falta colocar em prática o discurso do direito no cotidiano dos projetos e políticas. Alcançar este objetivo, no entanto, não será um processo indolor.  “Será preciso muita reflexão e um enfrentamento de suas próprias concepções e práticas”, pondera.
 


O livro faz parte da coleção Sexualidade, gênero e sociedade, elaborada pelo Centro Latino-americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM-IMS/UERJ) e publicada pela EdUERJ.


 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Aventuras na Bienal do Livro


A Editora da Uerj participou da Bienal do Livro em 2013, em um stand da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU).

Ao nosso lado, estava um stand da Faperj, ficamos perto também da
Editora da UFRJ.

A Bienal atraiu muita gente e foi gratificante constatar como sempre há pessoas buscando o conhecimento ou se aprofundar nos estudos.





Foi um espaço não só para mostrarmos nosso catálogo, mas para a equipe da EdUERJ
conversar com os leitores, descobrir o que eles
querem e de que livros eles gostam (e também do que não gostam).

Este diálogo certamente foi um dos pontos altos da Bienal. Às vezes, a conversa foi bem interessante, como quando um professor adquiriu "O Fictício e o imaginário", de Wolfgang Iser, e agradeceu-me pelos argumentos, dado que estava na dúvida. "Se eu não comprasse, iria me arrepender amargamente ... ele é imperdível!", disse. Ele já conhecia a obra e diante agora da recém-lançada nova edição, não resistiu ao desconto oferecido na Bienal. "É um livro que eu tinha que ter", explicou, satisfeito.

Em outros momentos, algumas pessoas inquiriam algo como "Vocês têm algum livro da Agatha Christie?" ou "Tem o último do Harry Potter?" Como acontecia de vez em quando, eu fiquei com o texto quase decorado para estes casos: "A EdUERJ é uma editora universitária, não trabalha com ficção..." etc. Depois da terceira vez, estava quase no modo automático.

Em determinado instante, um indivíduo perguntou por um título com um nome sugestivo, que bem poderia ser nosso. Havia uma lista dos livros que levamos para a Bienal, afinal, não dava para carregar todos. Procurei na relação e não encontrei: talvez fosse um livro antigo ou um dos que não levamos e por isso não estava na lista (na realidade, é impossível saber de cor e salteado todos aqueles que foram publicados em quase 20 anos da existência da EdUERJ).

Depois de vasculhar milimetricamente os nomes da lista, perguntar para os colegas se eles conheciam tal título, volto-me para o consumidor e pergunto o inevitável:
- Mas você tem certeza de que ele foi publicado pela EdUERJ?
- Isso eu não sei...
Não era nosso, logo descobrimos.
Para fechar, guardei o melhor. Uma moça, que já havia sido atendida, deu uma volta e voltou mais tarde para adquirir mais um dos livros da Série Geografia Cultural (escrito pelos professores Zeny Rosendahl e Roberto Lobato Corrêa). Para ela, a nossa equipe tinha "o melhor astral da Bienal".
Não dá pra não ficar coruja, não é?


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Guia enumera documentos italianos sobre Brasil do período colonial


O Guia de fontes para a história do Brasil colonial conservadas nos institutos e arquivos italianos, publicado pela EdUERJ, reúne material levantado em dezenas de acervos espalhados por instituições de Roma e de outras cidades italianas, além dos arquivos vaticanos. A pesquisa empreendida para confecção deste trabalho atende ao Projeto Resgate Barão do Rio Branco, do Ministério da Cultura, configurando-se uma iniciativa que contribui para aprofundar o conhecimento sobre a história do Brasil no período colonial e nas primeiras décadas de nação independente.

Organizada pelo professor Aniello Angelo Avella, o Guia é fruto da colaboração entre a Universidade de Roma “Tor Vergata”, à qual o professor Avella pertence, e a Uerj, pela qual o mesmo estava desempenhando atividade como professor visitante.

Durante o processo, foram pesquisadas dezoito cidades e quarenta e uma instituições onde encontraram-se os fundos dos arquivos notariais, das famílias da nobreza, das magistraturas públicas municipais, da Secretaria de Estado e de Guerra do Reino de Sardenha, do acervo do “Regio Demanio” – Saques e passaportes (1591- 1824), do acervo da ação direta, pública e privada, e a correspondência dos príncipes da Casa dos  Médici, entre outros documentos. Para Gherardo La Francesca, embaixador da Itália no Brasil (2009-2012), o guia pode ser percebido como “um diário de viagem no espaço e no tempo de dois universos em vias de definição”.

O livro atende ao Projeto Resgate Barão do Rio Branco, que por iniciativa do Ministério da Cultura, reúne e publica as fontes documentais sobre a história do Brasil existentes em arquivos e bibliotecas de vários países, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Estados Unidos. Neste quesito, o Projeto segue a resolução a Unesco, que procura estabelecer e o Controle Bibliográfico Universal, para permitir o conhecimento sobre as publicações de todos os países.

O esforço conjunto da Uerj, da Universidade de Roma “Tor Vergata” e do Ministério da Cultura representa uma ação cultural globalizada, concomitante ao período do Ano da Itália no Brasil (de junho de 2011 a outubro de 2012) e que, com a publicação pela EdUERJ em 2013, chega ao seu resultado mais vistoso

 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

POESIA PARA QUEM PRECISA (TODOS NÓS)
 
 

Próximo 12 de setembro, quinta-feira, a Casa de Leitura Dirce Cortes Riedel é palco de mais um lançamento da coleção Ciranda da Poesia.  Desta vez a EdUERJ apresenta “Francisco Alvim por Lu Menezes”. O volume traz uma seleção de versos do poeta e diplomata mineiro interpretados pela doutora em Literatura comparada pela Uerj (com tese sobre os poetas João Cabral e Wallace Stevens), também autora de livros de poesia como Onde o céu descasca, e outros.
O encontro começa às 19h, com leitura e debate, contando com a presença dos poetas Francisco Alvim e Carlito Azevedo, e mediação do editor executivo da EdUERJ, professor Italo Moriconi.
Evento gratuito, é uma oportunidade de ouvir as poesias de Francisco Alvim, que iniciou sua trajetória com a publicação de Sol dos Cegos, em 1968. Expoente da poesia marginal nos anos 60, incluído na celebre antologia 26 poetas Hoje, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda, Francisco Alvim recebeu o Prêmio Jabuti por seu livro Poesias Reunidas, de 1988. Em 2011, lançou O Metro nenhum, pela Companhia das Letras.
A Casa de Leitura Dirce Cortes Riedel funciona na Rua das Palmeiras 82, em Botafogo, e sua programação cultural pode ser conferida no site www.casadirce.com.br



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Wolfgang Iser em nova edição da EdUERJ

Um dos destaques da EdUERJ na Bienal é o lançamento da segunda edição de O Fictício e o Imaginário - Perspectivas de uma antropologia literária, de Wolfgang Iser. A primeira edição data de 1996, quando o próprio autor esteve no Rio para participar do VI Colóquio de Letras da Pós-graduação da Uerj. Desde então, os exemplares nunca deixaram de ser procurados por estudantes de letras e docentes.
O Fictício e o Imaginário insere-se como uma referência de bibliografia alemã na formação de alunos de doutorado em Literatura Comparada. Nas palavras do editor executivo da EdUERJ, professor Italo Moriconi, o lançamento "assinala uma linha de continuidade histórica com o que parcialmente representa o ensino de literatura na Uerj, traduzido no estudo propedêutico da filosofia de Kant e do romantismo filosófico alemão, assim como pela leitura de Wolfgang Iser como vade mecum de base".
Professor de literatura comparada na Universidade de Constance, na Alemanha, e falecido em 2007, Iser é considerado o mais significativo representante da Teoria da Recepção. Em seu estudo, volta a observação para a forma como cada leitor apreende o texto, criando "o imaginário".
Ao interpretar o leitor, O Fictício e o Imaginário enfatiza, para o professor Italo Moriconi, "o lado que o estudo da literatura deseja conceituar até o ínfimo detalhe, jogando a luz da lucidez organizadora sobre todos os aspectos do texto enquanto ato de leitura".
O Fictício e o Imaginário inclui-se na coleção Matrizes do saber contemporâneo, da EdUERJ.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Bienal do Rio: autores da EdUERJ falam da cultura indígena


Hoje, 3 de setembro, é dia de falar um pouco da cultura indígena no Café Literário, espaço de debates da Bienal do Livro. Para isso, às 19h, será realizada uma mesa com os professores Lucia Sá, autora de Literaturas da floresta – textos amazônicos e cultura latino-americana, e José Ribamar Bessa, de Rio Babel: a história das línguas na Amazônia, ambos publicados pela EdUERJ. A mesa conta ainda com a presença ilustre de dois convidados de raízes indígenas, o educador Daniel Munduruku, com diversos livros publicados, e a escritora Graça Graúna, cuja tese de doutorado enfoca a literatura indígena contemporânea no Brasil. A curadoria do Café Literário é do editor executivo da EdUERJ, professor Italo Moriconi.
 
 Daniel Munduruku: foto do site da Bienal