segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O que é uma paisagem?

Conheça um pouco desse livro, lançado no ano de 2014.

   O gosto do mundo: exercícios da paisagem, de Jean Marc-Besse, propõe-se a experimentações que não se restringem ao teor estético. A obra convida a ciência, a antropologia e outras disciplinas a repensar o conceito de paisagem com enfoque em nossas preocupações atuais como as questões urbanas e o meio ambiente. Com isto, o autor transcende o senso comum que vincula paisagem ao conceito de espaço a ser contemplado e oferece ao leitor uma viagem de implicações psicológicas e sociológicas.
 
As paisagens são ambientes, meios, atmosferas, antes de ser objetos a serem contemplados. Mas, em outra perspectiva, constituem o próprio ato de contemplar, tornando-se o acontecimento do encontro concreto entre o homem e o mundo que o cerca. Um encontro que soma também a vivência individual de cada um e propõe que a mesma imagem pode produzir duas diferentes paisagens, se vista por diferentes observadores.
 
Neste aspecto de teor subjetivo, Jean Marc- Besse ressalta que as primeiras perguntas que devem ser feitas não são as de caráter estético, mas sim sobre quais as possibilidades de viver ou ser livre que uma paisagem oferece ao homem. Qual a possibilidade que oferece de estabelecer relações sensatas com outros seres ou com o próprio ambiente?
 

 O lançamento da Editora da Uerj, traduzido por Annie Cambe, abre a trilha para pensar sobre esta experiência. Uma experiência que remete para o ser humano, à certa maneira de estar no mundo e ser atravessado por ele.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Coquetel de 20 anos da EdUERJ

Essa é a centésima postagem desde que criamos o blog da Editora da UERJ! 


O intuito deste blog sempre foi compartilhar informações sobre os livros recém-publicados e sobre os eventos relacionados à Editora como lançamentos dos livros. Com a postagem 100, não será diferente. Abaixo, algumas fotos do coquetel, que ocorreu no dia quatro de dezembro em celebração ao 20º aniversário da EdUERJ.


Lançamentos da Editora da UERJ


Clarisse Fukelman, organizadora do livro Eu assino Embaixo: biografia, memória e cultura, é entrevistada.

Funcionários e convidados presentes no evento.

O professor e atual editor executivo da EdUERJ, Ítalo Moriconi, dá início aos depoimentos. 
Ivo Barbieri, professor e ex-diretor da editora, ao lado do professor Ítalo Moriconi. 
Lúcia Bastos que também foi editora executiva da EdUERJ conta um pouco de suas vivências no cargo.
Nos primeiros anos da editora, Francisco Inácio Bastos foi revisor.
Ao microfone, Dau Bastos que foi responsável pela revisão e copyright.
Durante a cerimônia, os aniversariantes do fim de novembro e início de dezembro receberam uma homenagem.


Fotos: Thiago Braz
Postagem: Thaís Araújo

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Ex-diretores falam dos 20 anos da Editora da Uerj

   A Editora da Uerj está completando duas décadas. O catálogo extenso e os lançamentos que se seguem a cada ano, contemplando diversas áreas do conhecimento, não deixam dúvidas sobre o sucesso da iniciativa. O Logotipo, a coruja, hoje é garantia de uma publicação de qualidade.

   Mas, embora o presente da editora seja radiante, seus primeiros anos foram marcados por dificuldades e pela falta de recursos como conta o professor e ex-reitor, Ivo Barbieri, que participou da fundação em 1994.

“Tínhamos um grande conselho editorial e na época, Ênio Silveira era o editor. Começamos nos alocando no departamento de cultura da UERJ que fica próximo a sub-reitoria de extensão. Nesse início, fomos devagar, com poucos recursos, saíram nossas primeiras edições e aos poucos fomos crescendo, ampliando, até que passamos a ocupar o espaço onde a editora se encontra até hoje (anexo ao acesso pelo portão 3). A partir daí, ampliou-se o número de publicações e de recursos”, pontua Barbieri, que foi diretor da EdUERJ por 10 anos.

    Com a saída dele no início de 2004, a professora Lúcia Bastos assumiu a direção. Entre os fatos mais marcantes que vivenciou na editora estão a comemoração dos 10 anos de existência, quando o catálogo já tinha um pouco mais de 200 livros e a criação da coleção de livros “Comenius” que se destinava à utilização nas salas de aula da graduação e da pós-graduação, tanto stricto quanto lato sensu. “Era um material para pensar, sendo, fundamentalmente constituído, por obras para educação. Eram livros que tinham uma apresentação bem cuidada e de qualidade, mas que apresentavam simplicidade em um projeto gráfico não oneroso a fim de possibilitar o acesso ao livro a todos os alunos. Especialmente, naquele momento, em virtude da realidade social que era vivenciada pela UERJ com o programa de inclusão de alunos por meio de cotas, aspecto em que a UERJ foi pioneira”, diz a professora, orgulhosa.  

   Quando perguntada sobre o que ela espera para o futuro da EdUERJ, Lúcia é otimista: “Espero que ela continue se expandindo e se aprimorando, produzindo obras de excelente qualidade, como continua acontecendo nos últimos anos, louvando-se a gestão do Prof. Italo. A função de ensinar não se esgota na sala de aula. E é sob esse aspecto que uma editora universitária pode e deve ter também um papel relevante não só estimulando a produção intelectual de docentes, pesquisadores e estudantes, mas também servindo de elo de ligação entre os centros geradores de saber e viabilizando a circulação de ideias novas e criativas”. Já o professor Ivo Barbieri não fala do futuro, mas se mostra muito satisfeito com a situação atual. “A Editora já está mais do que consolidada. É referência em catálogos e seu nível é muito superior ao tempo em que estive à frente. Foi uma grande transformação, cresceu muito”, declara em tom confiante. 

Thaís Araújo