segunda-feira, 25 de maio de 2015

EdUERJ com destaques na área de história


O interessante da área da história é que nunca deixará de ser escrita. Então os eventos se sucedem e, pouco a pouco, vamos nos enxergando como personagens...
Para os estudiosos da área, o desafio é saber escolher livros de qualidade. Neste aspecto, a EdUERJ vem emplacando títulos interessantes, como os dois que saíram no final de 2014 e que dialogam sobre a trajetória de um país de origem colonial como o Brasil. 

Aliás, vale ressaltar que são livros que saíram em destaque em revistas do gênero como a História Viva.

Dimensões e fronteiras do Estado brasileiro nos oitocentos, organizado por José Murilo de Carvalho e Lucia Maria  Bastos P. Carvalho, é uma contribuição  que possibilitará novos estudos sobre a construção do Estado brasileiro no século XIX.  Em seus ensaios, os autores procuram configurar teias de relações entre o Estado em construção e as tensões sociais a partir de três fenômenos centrais: nação, cidadania e Estado. Os capítulos versam sobre temas como a escravidão, a cultura letrada e as instituições jurídicas, contribuindo para maior conhecimento da história oitocentista do país.

A Óptica do Estado: visualidade no poder na Argentina e no Brasil, de Jens Andermann, com tradução de Guilherme Puccini, tem o mérito de traçar um estudo comparativo entre as duas nações. O autor, professor da Universidade de Zurique, observa mostras de museus, álbuns fotográficos e mapas geográficos provenientes de ambos países, e analisa o que estes registros nos contam sobre a história de suas sociedades. Em sua pesquisa, Andermann vai além do conteúdo de mapas e fotos, procurando o valor subjetivo daquilo que estes documentos invocam. Neste aspecto, trata-se de um livro sobre a cultural visual latino-americana que mescla análise cultural, pesquisa histórica e compreensão política.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O mundo celebra o Dia Mundial da Diversidade Cultural

No dia 21 de maio, o mundo celebra a diversidade cultural. Neste Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, nossa dica de leitura é “Pérolas Negras - primeiros fios: experiências artísticas e culturais nos fluxos entre África e Brasil”, publicado pela EdUERJ, em 2013.

História da arte e da cultura vinculadas às questões da africanidade e da afro-brasilidade, com cortes espaciais e temporais heterogêneos, estão nessa abordagem de caráter multidisciplinar, que reúne 42 ensaios, com incursões na antropologia, na sociologia e em outras áreas do conhecimento humano.

Pérolas negras - Primeiros Fios
Roberto Conduru
R$48,00
390p.
ISBN: 978-85-7511-304-2

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Entrevista com a hebiatra Dra. Stella R. Taquette


No século XXI, o mundo gira muito rápido e as dúvidas relacionadas à descoberta da sexualidade estão ocorrendo cada vez mais cedo. Se na década de 1980, a vida sexual começava por volta dos 15 anos, hoje a iniciação acontece ainda mais cedo.
Em seu livro, além de conceitos teóricos, necessários para compreensão adequada da sexualidade, dos problemas da saúde e da importância da educação para prevenção, a Dra. Stella Taquette revela dados de pesquisas com adolescentes, envolvendo temas como homofobia, DST e HIV/Aids.

1. O início da vida sexual está ligado a muitos aspectos, além da maturidade biológica. Que outros aspectos ou variáveis podem ser destacados?

Dra.Taquette - As necessidades afetivas, o padrão social cultural, a influência do grupo de iguais, da família, o estímulo dos meios de comunicação, entre outros.

2. Sabe-se que a iniciação sexual de alguns adolescentes pode passar por uma experiência homossexual. Como o hebiatra vê esse momento em especial e em que período da vida a identidade sexual é definida?

Dra.Taquette - Podemos dizer que a identidade sexual tem três principais componentes: o sexo biológico que é atributo da natureza, a identidade de gênero que é o comportamento socialmente construído e a orientação sexual que é por quem nos sentimos atraídos para manter relações sexuais. É durante a adolescência e início da idade adulta que a identidade sexual se define, porém ela não é fixa e imutável. Pode alterar no decurso da vida ou em situações específicas.

Na busca pela identidade sexual os adolescentes passam por uma fase de experimentação que pode incluir contatos hetero e homossexuais que não são obrigatoriamente definidores da identidade sexual futura. O médico que atende adolescentes deve estar aberto a ouvir e acolher seus pacientes em suas inquietações e oferecer informações que os auxiliem a vivenciar suas sexualidades com prazer e segurança.

4. Que orientação você dá aos pais sobre a conduta familiar adequada quando a homossexualidade é revelada?

Dra.Taquette - Ouvir, acolher, orientar, respeitar, proteger e procurar ajuda com profissionais de saúde sempre que sentir necessidade.

5. Educadores, profissionais de saúde, assistentes sociais, entre outros agentes sociais, estão preparados para lidar com as mudanças nos atuais códigos de gêneros?

Dra.Taquette - Em minha experiência como médica de adolescente e pesquisadora observo que em geral estes profissionais reproduzem a heteronormatividade existente na sociedade e atendem os adolescentes como se todos fossem heterossexuais, dando pouca abertura para eles se revelarem.

6. Sua pesquisa destaca problemas de saúde que podem estar relacionados tanto a questões de gênero quanto à homossexualidade. Que problemas são mais comuns nos homossexuais?

Dra.Taquette - Os problemas não estão relacionados à homossexualidade em si e sim na forma como a sociedade encara esta questão que se configura num contexto de vulnerabilidade a determinados agravos à saúde. A homofobia presente na sociedade faz com que os adolescentes que têm desejos homossexuais se sintam estranhos, diferentes dos demais e têm medo de revelar à família. Acabam se isolando e ficam deprimidos. Em casos extremos podem tentar o suicídio. Essa rejeição social aos homossexuais também pode levar ao consumo abusivo de drogas, dificuldades escolares, comportamento sexual de risco, entre outros.

7. Como bem sabemos, discriminação e vulnerabilidade estão associadas. Como a sociedade pode ser beneficiada no campo dos direitos sexuais?

Dra.Taquette - O tema sexualidade deve ser debatido na sociedade de forma ampla, livre e não preconceituosa, com enfoque nas dificuldades vivenciadas pelos adolescentes e jovens. Vivemos hoje uma situação paradoxal, pois ao mesmo tempo em que os adolescentes são altamente estimulados sexualmente pelos meios de comunicação, quando têm atividade sexual ela é considerada precoce, ou seja, não é legitimada.

Por outro lado, existe um mercado muito lucrativo que envolve a sexualidade como a pornografia, o tráfico de pessoas, entre outros, que deve ser questionado. Uma alternativa já existente que deve ser reforçada é o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas, política pública implementada através de parceria do Ministério da Educação com o Ministério da Saúde que objetiva oferecer educação sexual para adolescentes em todas as escolas do Brasil por meio de ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens.

Por Carmem Prata
Jornalista, pesquisa tecnologias de comunicação e cultura.
@carmem_prata

terça-feira, 12 de maio de 2015

Fotos do lançamento do V Encontro do Fórum de Literatura Brasileira

Fotos do Lançamento de "V Encontro do Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea". Foi uma agradável noite de autógrafos na Casa de Leitura Dirce Cortes Riedel, no dia 28 de abril.











As fotos foram cortesia de Dau Bastos

terça-feira, 5 de maio de 2015

EdUERJ torna disponível, de forma gratuita, o seu primeiro e-book


A Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (EdUERJ) torna disponível, de forma gratuita, o seu primeiro e-book.  O livro PneumoUERJ oferece a estudantes de medicina, clínicos, médicos de família e outras especialidades médicas, um conteúdo atual sobre a Pneumologia, composto por artigos e consensos contemporâneos, com um texto único no Brasil, acumulando as funções pedagógica e de formação.

Escrito por profissionais de diferentes áreas do conhecimento, uma referência para formação médica, o e-book reúne temas como patologias, conceitos e terapêuticas consensuais na literatura internacional, tornando-se assim material voltado para uma formação integrada e de qualidade.  

Contribuíram para elaboração dos capítulos, profissionais de outras especialidades como cardiologia, cirurgia pediátrica, cirurgia torácica, cirurgia vascular, clínica médica, imunologia, gastrenterologia, hematologia, patologia, pediatria, otorrinolaringologia, radiologia, reumatologia, além de profissionais da biologia, enfermagem, fisioterapia e psicologia.

O e-book foi produzido em formato e-pub, com a preocupação estética de promover uma experiência de leitura positiva para o leitor. Trata-se de um trabalho multidisciplinar, com ênfase na prática clínica dos autores, que utilizam quadros, tabelas e figuras, de forma a tornar a leitura mais amigável.

Para agilizar o processo de busca de temas específicos, o livro está dividido em nove seções.  A primeira versa sobre as bases teóricas para o estudo das doenças respiratórias, incluindo noções de anatomia e fisiologia respiratórias, exames complementares mais utilizados, síndromes frequentes e noções de farmacoeconomia das doenças pulmonares.

A seguir, os autores abordam as principais doenças infecciosas, como pneumonia, tuberculose e micose. As neoplasias de pulmão e síndromes para neoplásticas são apresentadas em dois capítulos da seção III. A quarta seção é composta pelas doenças vasculares e do interstício pulmonar. É a parte mais extensa do livro, com o conteúdo exposto de forma objetiva e com muitas ilustrações.

A quinta seção é composta pelas doenças obstrutivas, tais como a asma, DPOC, bronquiectasia e fibrose cística são apresentadas de forma esquematizada. Tanto o diagnóstico como o tratamento são amplamente discutidos.

A disciplina de Pneumologia e Tisiologia da Universidade do Rio de Janeiro foi criada em 1962, quando o Hospital Pedro Ernesto foi incorporado à Faculdade de Ciências Médicas, tornando-se também hospital universitário.  Desde então, o Hupe vem se impondo como um dos centros de excelência na formação de novos pneumologistas.

O livro foi organizado por Cláudia  Henrique da Costa, Agnaldo José Lopes, Domenico Capone, Eduardo Haruo Saito, Monica de Cássia Firmida e Rogério Rufino.  O primeiro tomo já está disponível para download, no site da EdUERJ Digital.



sexta-feira, 1 de maio de 2015

EdUERJ lança livro sobre homossexualidade e adolescência


 No dia 12 de maio, a Editora da Uerj lança um livro que trata um tema que constantemente esbarra na desinformação e no preconceito. “Homossexualidade e adolescência sob a ótica da saúde”, de Stella R. Taquette, a ser lançado na Livraria Argumento, às 19h, ajuda a compreender um universo que nas últimas décadas conquistou direitos nem sempre reconhecidos por alguns setores da sociedade.
O livro se divide em cinco partes, com temas específicos, a saber: a sexualidade humana e suas definições em diversas áreas do conhecimento; a homossexualidade e sua identidade em épocas distintas; os resultados de uma pesquisa com adolescentes com experiências homossexuais; dados de uma pesquisa com jovens que contraíram Aids na adolescência; e propostas relativas à atenção  à saúde de adolescentes com experiências homossexuais.
A hebiatra Stella Taquette aborda, de forma clara, a fase inicial do processo da puberdade, explicando as mudanças corporais, a atividade erótica e a fase final da adolescência.  A autora também enfoca tabus sociais como transexualismo juvenil, despindo-se de preconceitos, e enfatizando o sentimento de culpa que muitas vezes acomete os adolescentes com essa vivência.
O trabalho de Stella está em sintonia com o século em que se procura a aceitação da diferença. A promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção Internacional sobre os direitos da criança trouxeram, ao final do século XX, uma mudança de ares em relação aos direitos dos jovens. Os novos ordenamentos jurídicos, incluindo a constituição de 1988, reconheceram pela primeira vez os direitos individuais de natureza civil, política, econômica, social e cultural, elevando o adolescente à condição de sujeito de direito. Contudo, é comum o relato de fatos em que as escolhas ou opções dos jovens são hostilizadas.
Por basear-se em fatos médicos e científicos, “Homossexualidade e adolescência sob a ótica da saúde” pode ser esclarecedor tanto para os profissionais de saúde quanto para os adolescentes e suas famílias.


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Lançamento: Dia 12 de maio, terça-feira, às 19h
Local: Livraria Argumento
Endereço: Rua Dias Ferreira, 417, Leblon.

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Título: Homossexualidade e adolescência sob a ótica da saúde
Autora: Stella R. Taquette
No. de páginas: 252
ISBN: 978-85-7511-360-8
Preço: R$40,00